domingo, 29 de abril de 2007

Exercício da semana: Iniciadores de conversa

Já percebi que um problema que tem me impedido de progredir é iniciar uma conversa. Minha cabeça fica repetindo "o que eu falo? o que eu falo?", e quando eu penso em algo, acho completamente estúpido. Mais tarde, com mais calma, e bem longe da pessoa, consigo pensar em algo muito bom para dizer. Isso só mostra que estou usando isso como desculpa para não iniciar conversas. Isso e a ansiedade, que me impede de pensar direito na hora em que deveria agir.

Por isso, vou me propôr um exercício para esta semana, e encorajo outras pessoas a tentar também. É um exercício completamente seguro, mas que vai me dar um pouco de prática que eu preciso. Para cada pessoa que eu avistar durante o dia, pode ser na faculdade, em uma loja, em um café, na rua, no ônibus, eu preciso pensar em algo que falaria para iniciar uma conversa. O lado seguro do exercício é que eu não preciso ir até a pessoa e falar com ela. Só pensar em algo para dizer vai ser o exercício.

Preciso procurar algo na pessoa que tenha me chamado atenção, ou algo no ambiente que eu possa comentar, não importa. Apenas preciso praticar mais e com certeza essa habilidade vai se tornar parte de mim. E se eu me sentir seguro o suficiente com isso posso dar mais um passo na direção de conversar com estranhos.

sábado, 28 de abril de 2007

Aprender a conversar

Hoje passei em uma loja e perguntei se eles tinham um DVD que estou procurando. O atendente me respondeu que não, me disse quando eles iriam recebê-lo e disse que também queria assistir o filme. Eu respondi com apatia de quem quer ir embora e agradeci.

Depois fiquei pensando: poxa porque ele me disse que também queria ver aquele filme? E me dei conta de que aquilo seria uma chance de começar uma conversa com um estranho. E uma conversa sem a intenção de seduzir, óbvio. Acho que tenho me concentrado muito em procurar puxar papo com garotas e estou perdendo diversas oportunidades de conversar mais. Afinal, timidez não é uma coisa que afeta apenas minha vida amorosa.

Bom, este post é para que eu me lembre no futuro de prestar mais atenção.

Ansiedade de abordagem

Hoje fui ao shopping center apenas com um objetivo. Queria abordar a mulher mais gata que avistasse e começar uma conversa. Amedrontador, mas eu preciso sair da minha zona de conforto. Eu não acredito em mudanças em pequenos passos, se eu ficar fazendo coisas pequenas aos poucos vou começar a sentir que nunca vou ter um progresso de verdade.
Lá está um grupinho. Todas gostosas. Mas não. Acho que ainda não estou preparado para falar com tanta gente ao mesmo tempo. E o que iria falar? Como ia começar uma conversa assim, do nada? Bom, vou procurar alguém que esteja sozinha. Rodando, rodando, só vejo casais, velhas, emos. É está difícil.
Chego em casa e começo a me chutar por não ter tido coragem de falar com aquele grupo. É muito difícil de ver umas garotas tão gostosas assim sem acompanhante homem. Putz, que vacilo. Preciso começar a fazer isso sem pensar tanto. Pensar atrapalha demais.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Linguagem corporal

Sou um aficcionado por linguagem corporal por dois motivos:
  1. mudando minha linguagem corporal posso parecer menos tímido, mais confiante, e mais amigável para as outras pessoas
  2. reconhecer os sinais de interesse que as meninas podem enviar
Antes eu andava sempre de cabeça, baixa, sem olhar para a cara dos outros, com os ombros encolhidos. Quando estava parado, sempre cruzava os braços, ou os colocava nos bolsos. Depois que comecei a alterar minha linguagem corporal, comecei a me sentir muito mais auto-confiante. Estufo o peito, deixo meus braços soltos, o ombro reto e a cabeça erguida. Olho as pessoas nos olhos. Foi difícil começar isso, mas hoje já faço isso naturalmente. Apenas quando estou um pouco cansado ou triste preciso me policiar. Aparentemente as pessoas estão me tratando muito melhor desde então.

Quanto aos sinais de interesse feminino, algumas vezes podem ser apenas coincidência, afinal, são gestos bem discretos. Mas normalmente eles meio que são realizados sem a necessidade para tal. Os principais exemplos são mexer no cabelo, balançar a perna em sua direção, dar uma olhada de costas pelo ombro (a famosa olhadinha cinematográfica).

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Tomando iniciativas

Originalmente postado no Orkut:

Ultimamente estou tentando tomar a iniciativa de me aproximar e tentar pelo menos bater um papo com meninas bonitas que eu veja por aí, sozinhas. A maioria das vezes acabo sem aproximar ninguém, porque não encontro ninguém sozinha, ou naum encontro a situação boa para aproximar, ou não encontro ninguém que eu ache atraente ou simplesmente porque o medo me domina. O objetivo deste experimento é perder o medo de gente estranha, começar a fazer novas amizades e quem sabe ter menos medo de mulher. Vou relatar duas abordagens que eu fiz até agora.
Sempre via uma menina muito gata comendo sozinha na praça de alimentação de um shopping aqui perto. Um dia resolvi chegar nela e perguntar se não queria companhia. Ela aceitou sorrindo e a gente conversou as coisas bestas que se pergunta quando se começa a conhecer alguém. O legal é que ela ajudou bastante, preenchendo os momentos em que a conversa poderia parar e ficar em silêncio.
Uma menina que nunca tinha visto na facul estava lá na lanchonete tomando um café. Fiquei rodeando um bom tempo até resolver abordar e falar sobre o tempo ruim (eu sei, muito chato). Apesar dela ser muito simpática, a conversa ficou com vários vazios, eu ficava olhando pros lados, o que acho que atrapalhou bastante. Mas acho que ela estava bem mais nervosa que eu, porque ela ficava brincando com xícara de chocolate quente, e às vezes dedrramava um pouco na própria mão sem querer (LOL).
Acho que por enquanto a moral da história é que isso não é tão dificil assim. O pior que elas podiam fazer é me ignorar, ou me xingar sei lá. E se for comparar o que eu posso ganhar com isso, acho que vale mais a pena tentar, não é mesmo?
Gostaria de ver vocês tentando fazer o mesmo. Eu sei que é dificil. Estou lutando pra caralho para fazer isso. Sempre dá um medo na hora, uma tremedeira, gagueira. Mas tem que ir como se estivesse pulando de pára quedas.

terça-feira, 24 de abril de 2007

Aonde minha timidez me leva

Por causa da minha timidez eu faço, ou fiz, umas coisas que acho muito idiotas:
  • quando vejo alguém que conheço andando na mesma direção que eu, a frente, eu diminuo os meus passos; quando está vindo na minha direção e eu conseguir passar sem ser visto, eu abaixo a cabeça e vou
  • já desci em ponto de ônibus errado e completamente longe por vergoha de dizer que tinha perdido meu ponto
  • deixei de ajudar pessoas por achar que perdi a deixa. Ficava ali olhando e me sentindo bem desconfortável
  • peguei a prova corrigida de uma menina sem querer e não devolvi porque fiquei com vergonha de ter pego

domingo, 22 de abril de 2007

Gostos Nerds


Eu sempre fui bastante nerd. Não cheguei a me vestir de Darth Vader para sair na rua, nem cumprimento as pessoas com o cumprimento vulcano do Dr. Spock, mas acho que as pessoas me classificam como um nerd. Vou deixar de lado o terrível fato de que as pessoas não deveriam colocar rótulos umas nas outras apenas por este post, mas depois você pode recolocar isso no seu sistema de valores éticos, ok?

Sempre gostei de quadrinhos (desde Mônica a Sandman, passando por Homem Aranha), de desenhos animados, de filmes de ficção, de games, RPG. Sempre estudei bastante, não tanto por gostar, mas por achar que era a coisa certa para fazer. E também, nunca gostei muito de sair, de ficar jogando papo fora com as pessoas, então estudar era uma coisa para se fazer (enquanto não existia a internet). Só conversava com meus outros amigos, todos nerds e com gostos parecidos. Mas diria que gastei a maior parte da minha infância jogando video-game.

Mas o que as pessoas "não-nerds" tem contra os nerds, esses seres tão inofensivos? Vou arriscar meu palpite. Uma das fortes características nerds é uma falta de habilidades em socialização, não com orcs e elfos, mas com seres humanos de verdade. A maioria das atividades consideradas nerds não promovem muita socialização. As que promovem, as pessoas tem a chance de se esconder atrás de um personagem, como nos eventos de Animê, Star Wars ou RPG. E a maioria das atividades "não nerd" exigem a socialização.

Hoje eu me arrependo um pouco de não ter gasto mais tempo tentando me socializar, ao invés de só estudar e jogar video-games com meus amigos. Por conta disso, cresci um cara com um medo danado de falar com mulheres, ou de falar com caras "não-nerds". Mas qual seria a solução para isso? Acho que se deixar de fazer coisas que gosto, e fazer coisas que não gosto vou estar agredindo minha própria identidade, meu jeito de ser, e vou ser um cara bem infeliz, o que faria minhas tentativas de socialização naufragarem. Acho que a resposta para isto é o equilíbrio. Dar uma chance para outros tipos de atividades, outros tipos de amigos, mas sem deixar de lado as coisas de que já gosto.

sábado, 21 de abril de 2007

Paixonite


A paixonite não é considerada oficialmente uma doença, mas pode fazer um tremendo estrago com a saúde psicológica e física de uma pessoa. Ela te torna obcecado por aquela pessoa que você acha tão especial, que praticamente não tem defeitos. Qualquer coisinha que ela faz é maravilhoso, quando é direcionado a você então é motivo para ficar sorrindo que nem um bobo o dia inteiro. Você sente que aquela é a sua alma gêmea, que muitos dos seus problemas se resolverão se vocês se tornarem um casal.

Daí você decide mostrar a ela seus sentimentos, e mesmo se ajoelhando, se rastejando por ela, dizendo as palavras mais bonitas ela não quer ser sua namorada. No máximo ela quer ser sua amiga. Fossa. Tudo fica sem graça, não dá vontade de fazer nada. E esse estado fica mais explosivo quando você vê que ela está com outro cara. O que ela viu naquele babaca? - você se pergunta, porque aquele cara é simplesmente o contrário de você.

Já passei por isso algumas vezes na vida. Posso dizer que passei por isso por muito tempo, e que até deixei oportunidades passarem por conta da paixonite.Aprendi então que não podemos colocar uma pessoa que nem conhecemos direito em um pedestal, como se ela fosse uma deusa. Aprendi que do mesmo jeito que ela tem valor, eu também tenho. Aprendi que não se deve rastejar por ninguém sem que essa pessoa faça por merecer.

É isso. Derrubem os pedestais, gente!

sexta-feira, 20 de abril de 2007

O bonzinho

Bonzinho só se fode. Bonzinho não come ninguém. Frases cunhadas pela sabedoria do povo. E são muito verdadeiras, como eu mesmo pude comprovar por experiência. Eu sempre fui o típico cara bonzinho.

Mas o que é um cara bonzinho? As pessoas normalmente acham que o bonzinho é o cara que não faz mal para as outras pessoas, e só pratica o bem, é legal com todo mundo. Mas o bonzinho de que estamos falando é o sujeito que não se impõe. O cara que não abre a boca achando que o que for falar vai atrapalhar a conversa dos outros. Que tenta comprar a atenção e companhia das mulheres usando presentes e coisas românticas. Que não defende suas opiniões nem se expõe com medo de contrariar os outros, com medo de incomodar os outros. Que pede desculpa por existir.

Tenha você se identificado ou não com o que eu descrevi, você pode ver que um sujeito desses não tem como se dar bem. Mas ao contrário do que muita gente pensa, deixar de ser bonzinho não significa ser mau, maltratar os outros, sair mandando todos se foderem. Basta se respeitar, da mesma fora que respeita os outros. Não achar que vale menos que as outras pessoas, principalmente mulheres. Ser um homem. Isso é bom para você e é bom para elas.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Adendo ao último post

É, não deu. Só vou começar a largar as drogas daqui há uns 2 meses.

Tarja vermelha


Torçam por mim. Talvez hoje o meu psiquiatra me tire de um dos antidepressivos que estou tomando há alguns meses.

Um deles é a venlafaxina. Quando pesquisei sobre ele na internet fiquei meio receoso, porque algumas pessoas tem efeitos colaterais bem chatos, como aumento da oleosidade da pele, diminuição da libido, dores de cabeça. E ainda li que a abstinência do remédio tinha efeitos parecidos com a abstinência de drogas ilícitas. Mas até hoje, tudo tranquilo, o único efeito que tenho sentido é um bocado de sono no decorrer do dia.

O outro é a bupropiona, mais utilizado normalmente para parara de fumar (eu não fumo). Esse não fez muita diferença, ele me receitou mais como um reforço, para que a depressão não voltasse mais forte.

Posso dizer que dei muita sorte, porque muitas pessoas tem problemas com anti-depressivos. Alguns remédios não funcionam com algumas pessoas, às vezes é necessário ajustar a dose e além disso ele demora algumas semanas para começar a fazer efeito, ou seja, haja paciência.

Bom, espero me livrar de um pouco disso hoje.

terça-feira, 17 de abril de 2007

Sobre a ira


Por conta desse episódio do tiroteio em Virgínia, resolvi escrever este post. Aparentemente o atirador, um aluno asiático da universidade era um rapaz muito solitário, muito tímido. A primeira coisa que nós tímidos pensamos nessas horas é que muito provavelmente esse rapaz sofria bullying por parte de colegas, e acabou explodindo em um surto psicótico, que provavelmente vitimou inocentes que nada tinham a ver com nada. Para quem não sabe bullying é o nome dado para a prática de humilhação pública praticada por pessoas do convívio do humilhado (e que merece um post futuro). Mesmo que não sofresse de bullying, com certeza o surto foi causado por muita raiva reprimida.

Muitas vezes as ações de outras pessoas nos machucam. Por causa disso, nós criamos um desejo de machucar essa pessoa, de nos vingarmos, fazer justiça, mas como somos tímidos, acabamos ficando quietos, só absorvendo esse ódio, engolindo a seco a humilhação. Mas o que de bom nos traz esse ódio? Quem lucra com isso? E se você levasse esse ódio adiante, tomando uma atitude como a do atirador de Virgínia, como isso ia te ajudar? Vamos pensar racionalmente, coisa que acho que todo tímido faz bem por conta de tantos momentos sozinhos de introspecção. Você atira nas pessoas que te magoaram, as famílias delas sofrrem, sua família sofre e você não ganhou nada a não ser uma gota de satisfação, um vento de sua suposta justiça que passa em alguns segundos.

Eu sei, você até consegue pensar racionalmente, mas é muito mais fácil falar. A raiva continua lá, te coçando. O que você pode fazer para se libertar da ira, é fazer tudo o que quiser, mas dentro ded sua realidade, dentro de sua imaginação. Vivencie, saboreie. Tem vontade de xingar, xingue. Quer bater, bata. Você pode até sair atirando, mas na minha opinião, se você tem tanta raiva assim, considere também começar uma terapia. Pelo menos para mim esse tipo de visualização me tira a vontade de fazer essas coisas e me permite depois pensar, analisar usando a lógica.

Outra coisa importante é não ficar quieto quando necessário. Mas isso já está reservado para outro post.

Obviamente, tendo sofrido bullying ou não, nada justifica o massacre. E quem saiu ganhando? Ninguém.

A cura

Se você for tímido como eu, então provavelmente (muito provavelmente) acha que o tempo vai resolver seus problemas. Que de repente, um dia você vai acordar e não vai mais ser tão tímido, vai dar bom dia para todo mundo e todos vão te adorar. Vai ser mágico, um rinoceronte vestido de fada vai gritar PARANGARICURIMIRRUARO e pronto. Você é uma pessoa extrovertida e feliz.

Tenho más notícias. Isso nunca vai acontecer. A mudança nunca vai acontecer se você não levantar a bunda dessa cadeira e sair da frente desse monitor, e encarar o mundo. Eu sei, dá medo.
Você pode se machucar bastante. Mas eu não disse que você precisa pular de cara, nesse lago que você nem sabe a profundidade. Vá no seu ritmo. Mas não se deixe ficar confortável com a situação. Dê um passo para fora dessa bolha de cada vez. Permita-se ser feliz. Permita-se ser você mesmo, e se amar do jeito que é. Dê a si mesmo um pouco de importância. Você não é tão crítico com as outras pessoas, porque ser crítico consigo mesmo?

Alguns de vocês devem estar gritando: mas meu jeito é tímido, eu sou assim. Poxa, mas você é assim com todo mundo? Seus melhores amigos? Sua família? Seu cachorro? Com você mesmo? Aposto que não. A timidez é a nuvem preta que não deixa os raios desse sol que é a sua verdadeira personalidade irradiar as pessoas ao seu redor, e permitir que elas enxerguem a pessoa maravilhosa que você é. Não se deixe acomodar!

domingo, 15 de abril de 2007

Psicólogo


Há uns meses atrás tive uma crise de depressão, por causa de uma menina (conto isso futuramente). Por conta disso e de ler o conteúdo do site http://www.laboratoriodatimidez.com.br, em que o Dr. Ney Nadvorny enfatiza que a melhor forma de se vencer a timidez é através de psicoterapia. O grande problema é que ele reside no Rio Grande do Sul e eu em São Paulo, o que impossibilitaria um tratamento, mas eu realmente queria tentar. Queria me dar a chance de sair deste buraco.

Enfim, resolvi ir atrás de um psicólogo. Não encontrei ninguém especializado em timidez, como o Dr. Ney, mas resolvi experimentar. Depois de alguns meses, vi que não dava em nada. Eu simplesmente não me sentia completamente confortável para me abrir assim com o psicólogo, o que acho que fazia com que a terapia não funcionasse. Acho também que eu estava meio que esperando que o cara viesse com a solução mágica dos meus problemas, que ele me direcionaria para meu objetivo, mas não é isso que esses profissionais fazem. Eu sabia disso racionalmente, mas lá no fundo pensava assim. Depende de mim. A mudança, depende de mim, com ou sem terapia.

O que está me ajudando com a depressão são os remédios que me foram receitados por um psiquiatra. Não sei bem se eles que levantaram um pouco meu ânimo, mas agora estou bem melhor que antes. Só quero ver quando for parar de tomar.

Livros


Quando comecei a notar que a timidez era meu problema (bom, ainda é), comecei a comprar alguns livros que estivessem relacionados ao assunto. Eu lia os livros avidamente, achava as dicas muito boas, pensava nas dicas e em como aplicá-las ao meu dia a dia, mas acabava esquecendo tudo. Ou seja, acabou não sendo muito útil.

Acho que o problema desses livros era que os autores nunca tinham passado pelos mesmos problemas que eu. Eles estudaram aquilo, tinham até PhD no assunto, mas nunca vivenciaram de fato estes problemas. Pelo menos é isso que eu notava ao ler os livros.

Um dos primeiros livros que comprei, o mais fino e barato de todos, e impressionantemente o mais útil, foi o "Como fazer amigos" do Don Gabor. Curto, direto ao ponto, ótimas dicas. Outro bom foi o famoso "Como fazer amigos e influenciar pessoas", do Dale Carnegie, mais ou menos na mesma linha. O piorzinho que comprei foi o "Timidez" do Bernard Carducci, que apesar de bem grosso só falava sobre timidez de uma forma bem técnica, bem acadêmica. Muito chato, sem dicas, acabei parando de ler no meio.

Tem um outro que eu não comprei, só folheei, de uns caras que foram até no Jô Soares, chamado de "Manual do xavequeiro". Só de dar uma olhada achei horrível. O livro nada mais é que uma coleção de rotinas de xaveco para serem aplicadas em diversas situações. Definitivamente não é algo que eu vou usar para superar meu problema.

Acabei vendendo esses livros baratinho em um sebo. As dicas úteis que eu me lembrar desses livros vou postando aqui com o tempo.

Propósito


Estou fazendo este blog para que as pessoas possam acompanhar minha luta contra o que acho ser o maior problema na minha vida: a timidez. Acho que colocando isto à disposição do mundo terei um pouco mais de ânimo para perseguir meus objetivos. Também acho que o conteúdo deste site pode ajudar outras pessoas na mesma situação, e caso isto aconteça, acho que já terá valido a pena.

Bom, preciso contar um pouco sobre mim. Quando era pequeno nunca falava com adultos, a não ser meus pais. Na escola, só falava com um grupo fixo de amigos. Sempre foi assim, um grupo limitado de amigos, e nunca nenhum me conheceu de forma mais íntima, como eu acho que amigos do peito devem se conhecer, porque eu estou sempre lá usando piadinhas como escudo para me proteger. Com perguntas pessoais sempre me esquivava, fico muito sem graça. E amigas mulheres nunca tive. Assim, amigas mesmo, nunca, só colegas que dava oi e tchau e ficava só por isso. Nunca beijei, nunca tive uma namorada.

Agora um pouco dos meus objetivos. Preciso arrumar uma namorada. Mas não quero arrumar namorada por internet, agências, nem anúncios. Não tenho nada contra quem utiliza essas coisas, mas um dos meus objetivos é aprender a conquistar, e acho que esses artifícios deixam a coisa meio artificial, sei lá. O fato é que quero conseguir por meus próprios meios, para caso precisar no futuro, possa utilizar essa habilidade ao invés de ficar em casa chorando que não tenho namorada. Também quero aumentar meu círculo de amizades e aprofundar as amizades que tenho agora. Quero não ter mais medo das pessoas que não conheço. Medo de não conseguir levar uma conversa. De evitar pessoas só porque acho que não vou ter nada para dizer.

Por enquanto é isso. Bem vindo a minha jornada!