quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Abordagem do dia

Enquanto eu não termino de traduzir a parte III do artigo do David DeAngelo, preciso fazer um post para falar um pouco do que eu fiz hoje.
Já estou há quatro dias sem tomar remédio. Estou me sentindo meio tonto, uma tontura meio esquisita, mas não constante. Enfim, quando ela aparece fica um pouco mais complicado de pensar, porque eu fico pensando "caramba, de novo esta tontura chata". Mas nenhum sinal de depressão, graças a Deus.
De tarde, eu andando tonto e atordoado pela falta de remédio, resolvo tomar uma Coca-Cola para aliviar esse calor infernal que tem feito em São Paulo. Estou lá tranquilo, e uma gata, que lembra um pouco a Catherine Zetta Jones (um pouco, é só para dar a idéia) entra e começa a comer em uma mesinha com dois lugares. Ela tem duas coisas que eu adoro em mulher: carinha de criança e belos seios, delineados pelo decote da blusinha. Mais dois goles e lá vou eu.
Comprimento ela soando como uma pessoa conhecida, toco em seu braço e pergunto se posso me sentar. Ela, pêga totalmente de surpresa, por não esperar isso, pára um pouco para processar a informação e diz que sim.
Digo para ela que vou tentar adivinhar o que ela faz. Chuto estudante de moda, porque ela não se vestia de forma muito convencional. Ela ri e diz que não, diz que eu nunca vou adivinhar. Eu pergunto o que ela faz e ela responde que estuda Direito (caramba, será que eu sou atraída só por estudantes de Direito?).
A gente conversa sobre nossos cursos, sobre o que ela queria fazer, sobre morar sozinho, sobre trabalho e sobre imperialismo americano (mas sempre com bom humor). O tempo todo ela está sorrindo e me faz perguntas (inclusive, foi ela que perguntou meu nome).
Achei incrível como desta vez quase não passei por aqueles momentos de branco na mente, de ficar me perguntando o que eu falo, o que eu faço. Foi muito agradável e eu preenchia esses momentos de vazio simplesmente falando de mim. O único momento em que fiquei um pouco mais pensativo foi quando ela me disse que estava vindo da casa do namorado. Eu sei que eu disse em outro post que isto não deve ser tão importante, mas parei para pensar no que deveria fazer. Acabei fazendo uma pergunta sobre ele, que é justamente uma das coisas que nunca deveria fazer. O fato dela ter namorado deveria ter sido ignorado, simplesmente, porque ela só estava mencionando. Enfim, não deixei a conversa parada por muito tempo (ou ela não deixou). Enfim, foi muito agradável e fiquei bem orgulhoso de mim, nem liguei que os garçons e o pessoal da outra mesa estava vendo e ouvindo tudo. O mais legal foi quando ela me disse sorrindo:
-Nossa, achei muito interessante essa sua abordagem. Você chegando aqui na lanchonete no meio do dia, conversando com alguém que nem conhece. Você deixou o meu dia mais interessante!!
-Estamos aqui para isto!
Tudo isso no tempo em que eu tomava minha Coca-Cola.


Em que eu devo trabalhar nas próximas:
-preciso tocar mais. Essas mesas de restaurantes/lanchonetes não ajudam muito, quando a cadeira fica do outro lado da mesa.
-preciso uma hora para com a conversa neutra e escalar para algo que crie atração ou que deixe minhas intenções mais claras.
-preciso parar de ficar pensando tanto antes de me aproximar. Esta semana mesmo já perdi muitos alvos só por isso. Este caso de hoje só deu certo porque ela chegou depois de mim e estava sentada.

2 comentários:

Genesis disse...

"-Nossa, achei muito interessante essa sua abordagem. Você chegando aqui na lanchonete no meio do dia, conversando com alguém que nem conhece. Você deixou o meu dia mais interessante!!"


Isso aê, cara! Fiquei orgulhoso de você...resolveu sair da inèrcia e agiu igual um extrovertido. ;)

Aliás, eu acho que nem extrovertidos fazem isso! ahahaha

Anônimo disse...

Relato inspirador, amigo! -conheci o blog ha pouco tempo mas posso dizer que ja se tornou leitura diaria. Ate estou relendo alguns posts. Nao havera mesmo continuidade?