domingo, 23 de setembro de 2007

Rapport


Rapport é o mesmo que intimidade, mas não intimidade física. É algo mais para initmidade social. Se você conhece quase tudo sobre a vida de seu melhor amigo, então você tem um grande e profundo rapport com ele. Para facilitar minha vida, vou usar rapport mesmo. Me desculpem amantes fanáticos da língua portuguesa.

Algo necessário para que possamos ter intimidade física com alguém é construir um pouco de rapport. A não ser que você esteja em uma micareta ou algo do tipo, a outra pessoa vai se perguntar porque esse estranho está tentando agarrá-la e beijá-la. Rapport tráz conforto, faz com que ela pense que já te conhecec, ou talvez realmente acabe conhecendo o suficiente para que se sinta segura.

Sabendo disso, como podemos criar rapport? Principalmente com uma pessoa que acabamos de conhecer? E com o agravo de sermos tímidos. Um grande problema dos tímidos é achar que eles precisam ter um monte de coisas interessantes para dizer, que faça as outras gostarem delas. Coisas como viagens maravilhosas a Londres quando a pessoa acabou conhecendo algum ator famoso, ou o dia em que fizeram rapel em uma das cachoeiras mais famosas do mundo ou algo assim. Mas não, as coisas não são tão complicadas assim.

Primeiro de tudo, conte coisas sobre você mesmo. Sem medo de parecer chato ou tedioso. Se você ficar contando sobre histórias que aconteceram com seus amigos, as pessoas que estão ouvindo nunca vão se conectar com você, vão se conectar com sua história, no máximo, ou com seu amigo, caso o conheçam. Eu costumava cometer muito esse erro.

Contar as histórias usando a primeira pessoa (vulgo "Eu") também é uma boa idéia. Mostra que você tem confiança no que está contando que você assume completa responsabilidade. Normalmente as pessoas evitam usar a primeira pessoa por não se sentirem muito seguras. Elas formam frases como "você vai gostar muito de conhecer Bertioga" ou "Bertioga é uma praia maravilhosa". Prefira "eu adorei Bertioga" ou "eu achei Bertioga uma praia maravilhosa". Com a frase "você vai gostar muito de conhecer Bertioga" você está tentando empurrar para a outra pessoa uma opinião, como ela deve se sentir em relação ao que você está falando. Você está fingindo rapport. Na frase "Bertioga é uma praia maravilhosa" você está formulando a frase como uma verdade absoluta, como se você soubesse de tudo. Essas duas formas, apesar de parecer pouca coisa, afetam o subconsciente do seu interlocutor, o deixando na defensiva e dificultando o rapport.

Falar sobre emoções. Além de melhorar o rapport, isso diminui a chance de você ficar sem assunto para falar com a outra pessoa. A maioria das pessoas acham que o combustível das conversas são os fatos. Eu viajei, eu comprei, eu fiz tal coisa, comi em tal restaurante. Para ter tanto assunto assim, a pessoa precisa fazer muita coisa ou ficar fofocando sobre a vida dos outros. Mas falar sobre fatos não cria conexões entre as pessoas. Falar sobre emoções, falar sobre o que os fatos te fazem sentir, o que algumas situações te fazem sentir é que cria conexões com as pessoas. Porque somos todos humanos, todos sentimos a maior parte da gama de sentimentos que existem. Seu interlocutor pode achar interessante o fato de você ter viajado para Bertioga, mas ele também pode achar muito chato, caso ele odeie viajar. Mas se você contar para ele como a praia te faz sentir relaxado, sem ter as preocupações do dia a dia, ele pode te dizer o que faz com que ele se sinta da mesma forma. Isso é conexão, vocês estão descobrindo que tem algo em comum, mesmo que um ame a praia e o outro odeie viajar. Isso faz com que as pessoas sintam rapport em relação a outra.

E isso tudo não deve ser usado apenas para conseguir algo em sua vida amorosa. Rapport deve ser alcançado em todas as relações de nossa vida. Quanto mais nos conectamos com os outros, menos nos preocupamos com nossos defeitos, porque no fim, somos todos imperfeitos. E isso é perfeito!

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

As mulheres não são o inimigo


Conheço caras que são tímidos e que por não terem sucesso com as mulheres acabam criando um certo rancor em relação ao sexo oposto. Como se fosse culpa de todas as mulheres e existisse um complô do mundo feminino para que ele continuasse sozinho. Como é que nenhuma delas consegue ver como ele é um ser maravilhoso, trabalhador, legal e etc, e ficar com caras repugnantes?

Se você é um desses caras vou te dizer toda a verdade sobre este complô: Ele não existe. As mulheres não fazem ou deixam de fazer algo por sua causa. Você não é tão importante assim. Eu não sou e ninguém é. Mas então porque elas preferem os cafajestes ao invés de olhar para você?

Para começar, se você acha mesmo que existe esse complô, você não é um cara tão legal assim, porque precisa julgar as pessoas para justificar os seus próprios defeitos. Se acha que os caras que ficam com elas são todos repugnantes, você é um cara preconceituoso, o que não é nada legal. Simplesmente ninguém gosta muito de gente que fica julgando os outros.

O fato delas aparentemente preferirem os cafajestes no lugar de você, o trabalhador estudioso legal é muito simples. Atração não tem lógica. Eu não penso, quero ficar atraído por tal pessoa por tal e tal razão. Acontece, vem do instinto, da alma, o que quer que você queira chamar. E o que os cafajestes tem que você não tem é que eles sabem se divertir, sabem ser felizes, e isso é muito atraente.

E se seguirmos esta linha de raciocínio, você vai ver que tudo faz sentido. Existe uma lógica por trás disso tudo. O que você iria preferir se fosse uma mulher, um cara preconceituoso, inseguro e chato mas estudioso, trabalhador e fiel ou um cara divertido, mesmo que não levasse tão a sério trabalho e estudos e ainda fosse galinha? Não sei mas imagina só ficar com um cara chato grudado em você? Para que isso, a gente só vive uma vez.

domingo, 16 de setembro de 2007

The Anti-Social Club


Encontrei este site hoje:
http://www.theantisocialclub.com

Tem seções para ajuda de pessoas com problemas de socialização (como fobia social por exemplo). Tem também umas coisas engraçadinhas, como uma lojinha virtual com roupas com frases anti-sociais.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Um agradável almoço

Mais uma história NÃO fictícia:

Fui almoçar sozinho em um restaurante em que costumo ir muito. Chegando na fila para pegar a comida,
vejo ela pesando a comida na balança. Tento não olhar muito, mas lembro dela já ter me dado umas olhadas de canto de olho, outros dias. Morena, linda. Com roupa de trabalho já é linda, fico imaginando como seria produzida para balada. Ai caramba, pára de pensar isso, que só atrapalha. Pego a comida e vou procurar lugar para me sentar.

Caramba, ela está almoçando sozinha. Se eu não tentar nada vou ter que chutar minha própria bunda depois.

Coronel: Oi! Posso te fazer companhia? É que o restaurante está meio lotado...
Morena: Sim, claro! - ela olha para os lados e vê várias mesas vazias.
Coronel: Qual é o seu nome?
Morena: Morena!
Coronel: O meu é Coronel! Muito prazer! O dia está bonito demais para almoçar sozinho.
Morena: É sim, está lindo.
Coronel: O que você faz da vida Morena?
Morena: Estudo e trabalho.

Um pouco de conversa sobre nossos trabalhos. (Obs.: putz, como é difícil conversar, ficar nervoso e comer ao mesmo tempo).

Morena: Mas o que eu quero mesmo é trabalhar em EMPRESA GRANDE.
Coronel: Puxa, eu podia até trabalhar lá. Mas, sei lá, eu acho que na minha área isso seria meio chato.
Morena: É, deve mesmo.
Coronel: Mas isso depende também de quanto valor você dá ao dinheiro. Eu sei que eu não preciso de muito dinheiro para ser feliz.
Morena: Claro! Eu também não!

Depois disso a gente parou de falar um pouco. Eu estava tentando mastigar sem me engasgar e ela dando uma olhada no celular.

Coronel: O que você faz para se divertir quando não está trabalhando e estudando?
Morena: Ultimamente não tenho tido tempo para fazer outra coisa além disso. Mas de vez em quando eu saio, ou viajo.
Coronel: Para onde você gosta de viajar?
Morena: Praia. Eu adoro praia.
Coronel: Eu também. Principalmente ficar deitado, tomando sol, só sentindo a brisa batendo.
Morena: Nossa, é muito bom!

Falamos mais um pouco, mas ela precisava sair porque tinha um compromisso. Nos despedimos.

Talvez em outro post eu faça uma breve análise sobre isso. Mas já fico feliz de ter feito isso :-)

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

As diferenças entre homens e mulheres

Homens preferem filmes de ação. Mulheres preferem dramas. Para mim isso não são apenas hábitos adquiridos por conta da programação cultural que nossa sociedade nos empurra, através da própria mídia. Ela está inerentemente atrelada às diferenças entre os sexos. E entender esta diferença pode fazer muita diferença para entender o sexo oposto, conviver melhor com ele e não fazer o papel que cabe ao sexo oposto.

Mas não é assistindo a filmes que vamos descobrir isso. Os tipos de filmes que citei só vão me ajudar a ilustrar aqui o que é tão diferente entre os dois sexos, a forma como os cérebros masculino e feminino são projetados. Filmes de ação evocam competitividade. Ação só existe quando existem adversários, que competem por algo. Por isso também que homens adoram esportes. Filmes dramáticos evocam emoções, mas emoções mais profundas. Tristeza, angústia, ira. E através dos personagens dessas películas, as mulheres são capazes de sentir algo, sentir pelo personagem. Por isso existem mulheres que adoram filmes que causam choro.

Vê a diferença? Homens se sentem bem se afirmando, mostrando seu valor para os outros de alguma forma. Por isso gostam de conversar sobre FATOS. Sobre coisas que eles conhecem e experiências que tiveram. Pois isso demonstra valor entre os seus iguais. Mulheres preferem conversar sobre EMOÇÕES, sentimentos, coisas que a fizeram sentir de tal forma, como se sentiu quando algum certo acontecimento passou pelas suas vidas.

Quer ser o homem da vida dela? Ela espera de você que você a conduza por uma montanha russa de emoções (de preferência boas, no caso de mulheres sadias mentalmente), que a faça sentir viva. Que a faça sentir bem. Quer ser a mulher da vida dele? Mostre para ele que você pode criar valor para a vida dele. Que você é uma mulher disposta a experimentar a vida. Que é uma pessoa que irradia bom astral.

E aí vocês podem um dia descansar em um dia de chuva assistindo um filme. De drama ou ação, vocês escolhem.

domingo, 9 de setembro de 2007

Ela é comprometida


Dado que nos últimos dias vi muitos tópicos falando sobre isso no Orkut, achei que seria legal um post sobre isso aqui.

Você conhece uma menina legal, papo vai, papo vem, de repente ela menciona que tem um namorado. Opa. Então ela só estava sendo legal. Você fica triste, cabisbaixo. Mais uma chance que você perdeu. Pelo menos era assim que eu costumava pensar.

Hoje eu penso bem diferente. Veja bem, já reparou que muitas dedssas meninas engatam um namoro no outro, nunca estão solteiras? Elas não aguentam ficar solteiras muito tempo. E também, enquanto elas namoravam, conheceram vários carinhas que acharam legais, e que na cabeça delas elas marcaram como "namoráveis". Acabou o namoro é só esperar o próximo da fila. Simples assim. Quando você desistiu só dela falar que tinha namorado, você saiu da fila.

Por conta dessa pressão social que essas meninas sofrem, elas sempre preferem estar namorando, mesmo que seja com um cara que não seja lá uma Brastemp. Ela está namorando com um cara mais ou menos, mostre para ela que VOCÊ é ua Brastemp! Que você é um cara legal (legal, não BONZINHO!). Assim quem sabe você FURA a fila.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Não seja do contra

Eu costumava me exaltar um pouco quando as pessoas começavam a falar sobre um assunto que eu tivesse um bom domínio. Era como se eu fizesse questão de mostrar para os outros que eu sabia aquilo. De certa forma, queria que as pessoas enxergassem valor em mim por causa das coisas que eu sabia. Isso também acontecia quando começava a discutir algo com alguém. Eu queria ganhar a discussão. Sendo uma pessoa inteligente estudada, sábia, as pessoas deviam ver algum valor em mim.

Obviamente isso estava tudo errado. Porque as pessoas iriam me valorizar por saber algo mais que as outras pessoas. Se fosse assim os professores seriam as pessoas mais queridas do mundo e as enciclopédias seriam os livros mais vendidos do mundo. Alguém que está entrando em um confronto verbal comigo com certeza só poderia sentir algum rancor depois. No máximo indiferença. Mas nunca apreço.

Hoje eu vejo como estava agindo errado. Não preciso saber mais que as pessoas. Elas gostam de gente que mais se pareça com elas, que sejam tão humanas quanto elas. Mesmo que eu não concorde com elas, elas precisam saber que eu entendo o ponto de vista dedlas, apesar de ter o meu, e não o julgo por isso. Se não entendo seu ponto de vista, isso dá um bom gancho para uma boa conversa. Uma conversa em que posso aprender algo. Porque a verdade é que não sei nada, só sei que sou humano.