quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Não seja do contra

Eu costumava me exaltar um pouco quando as pessoas começavam a falar sobre um assunto que eu tivesse um bom domínio. Era como se eu fizesse questão de mostrar para os outros que eu sabia aquilo. De certa forma, queria que as pessoas enxergassem valor em mim por causa das coisas que eu sabia. Isso também acontecia quando começava a discutir algo com alguém. Eu queria ganhar a discussão. Sendo uma pessoa inteligente estudada, sábia, as pessoas deviam ver algum valor em mim.

Obviamente isso estava tudo errado. Porque as pessoas iriam me valorizar por saber algo mais que as outras pessoas. Se fosse assim os professores seriam as pessoas mais queridas do mundo e as enciclopédias seriam os livros mais vendidos do mundo. Alguém que está entrando em um confronto verbal comigo com certeza só poderia sentir algum rancor depois. No máximo indiferença. Mas nunca apreço.

Hoje eu vejo como estava agindo errado. Não preciso saber mais que as pessoas. Elas gostam de gente que mais se pareça com elas, que sejam tão humanas quanto elas. Mesmo que eu não concorde com elas, elas precisam saber que eu entendo o ponto de vista dedlas, apesar de ter o meu, e não o julgo por isso. Se não entendo seu ponto de vista, isso dá um bom gancho para uma boa conversa. Uma conversa em que posso aprender algo. Porque a verdade é que não sei nada, só sei que sou humano.

2 comentários:

Ramon Fiaux disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ramon Fiaux disse...

Olá Coronel! Obrigado pelos comentários em meu blog!

Bom, eu já fui e ainda sou assim às vezes. Cheguei à mesma conclusão que você. Me toquei da besteira que estava fazendo. Pensava que podia impressionar as pessoas com conhecimento aprofundado sobre determinado assunto. Queria falar, falar, falar. Ou então contradizer citando livros, autores, etc. Ficava perorando excessivamente.

Ninguém gosta disso. Eu mesmo não gosto de gente assim e agia da mesma forma. Descobri que ficar falando, querendo expor conhecimentos (às vezes sobre assuntos chatos, principalmente quando se está em momentos de descontração, onde a diversão está em falar besteira mesmo) é extremamente maçante pra quem ouve. Ao invés de a pessoa gostar de mim, me acharia na verdade um chato. Ou um CDF babaca.

Diferentemente é arrazoar na faculdade, numa tese, enfim, em momentos em que o objetivo é esse: defender uma causa ou idéia.

Agora altercar, criando controvérsias em momentos inapropriados é realmente uma atitude nada inteligente.

Muito boa sua análise e percepção, é isso mesmo!